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sábado, 4 de outubro de 2008

Presidentes da República Portuguesa - Bernardino Machado


BERNARDINO MACHADO


Figura portuguesa ilustre, de quem já se falou e estudou bastante. Devo apenas retratá-lo, reportando-me a notas biográficas retiradas de livros e de um jornal semanário de Vila Nova de Famalicão, vou portanto recuar ao tempo de Bernardino Machado e fazer um retrato escrito de como ele era visto no início do século XX, na sua terra – Vila Nova de Famalicão. “Bernardino Luís Machado Guimarães nasceu em 28 de Março de 1851 no Rio de Janeiro, para onde seu pai António Luís Machado Guimarães, emigrara, ido da freguesia de Joane, concelho de Vila Nova de Famalicão. Bernardino Machado, filho dos que viriam a ser os primeiros Barões de Joane, sempre se orgulhou da sua ascendência plebeia. Fez os seus estudos secundários no Porto e os superiores em Lisboa onde frequentou a antiga faculdade de Matemática até ao terceiro ano, passando depois para a de Filosofia. Numa e noutra alcançou os primeiros prémios” (61).“Formou-se em filosofia (1873).Aprovado plenamente foi nomeado professor da faculdade de Filosofia em 28 de Fevereiro de 1877. Tinha então vinte e seis anos” (62).O jornal «Estrella do Minho» dá grandes elogios a Bernardino Machado, exaltando a sua personagem. “O Sr. Conselheiro Bernardino Machado, o mais fino ornamento de pedagogia de que o país justamente se orgulha tanto mais que esse belo atributo se dá as mãos com o seu carácter diamantino, alma aberta para tudo quanto seja praticar o bem …” (63).Bernardino Machado, já em 1903 se assumia como um republicano e isso pode ver-se numa nota que profere numa conferência em Lisboa. “-Depois de uma análise feita à obra dos partidos monárquicos que governam o pais, declarou nada mais podermos esperar deles e que apenas via no partido republicano a única entidade em que era dado esperar-se a radical reforma dos processos governativos e a salvação do pais”(64).“Bernardino Machado, figura republicana ilustre, educador, pedagogo, professor universitário, parlamentar, embaixador, duas vezes chefe do governo e outras tantas Presidente Eleito da República, incansável batalhador pela causa democrática …”*
______________
(61) Bernardino Machado, Breves Notas Biográficas, Porto, 1984
(62) Idem, Ibidem
(63) in Estrella do Minho – Famalicão, 07/Out/1900, “Dr. Bernardino Machado”, p.1
(64) in Estrella do Minho – Famalicão, 08/Nov./1903, “Conselheiro Bernardino Machado
*CARNEIRO, Eduardo Manuel Santos (1997) -"Actividades Sócio-Culturais, Comerciais e Personalidades de Vila Nova de Famalicão no Início do Século XX", Boletim Cultural nº 14, V. N. Famalicão.



sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Arqueologia Industrial - Famalicão - Vale do Ave















" A Indústria Têxtil - Contexto Histórico", a "Arqueologia Industrial na Região do Vale do Ave" (Concelho de Vila Nova de Famalicão).
Para fins de investigação e pesquisa documental, devem salientar-se as fábricas de Pedome, Riba de Ave, Delães, Bairro(Caniços), Pousada de Saramagos, Vale S.Cosme, Lousado, Joane, Esmeriz... - todas no concelho de Famalicão...

Ex: Pedome
A fábrica de Ribeiro Guimarães & Salazar, estabelecida em Pedome, "foi fundada em 1890 por Manuel José Alves Salazar, constituindo então uma pequena unidade de tecelagem manual, a exemplo de muitas outras então existentes na Bacia do Ave. Em 1896 constitui uma sociedade comercial em nome colectivo com Manuel José Ribeiro Guimarães, sob a denominação “Ribeiro Guimarães & Salazar”. Será este o responsável pela introdução de teares mecânicos, que representavam 71% do capital com que reforçou a empresa"*. (...) esta empresa não iniciou a sua actividade pela fiação de algodão, mantendo-se como tecelagem, embora fosse mecanizada a partir de 1896, dado que a fiação só é introduzida no ano de 1907, quando já laborava sob outra razão social, denominada “Empresa Social de Fiação e Tecidos do Rio Ave & Cª Lda”. "Tratava-se sem dúvida de uma pequena fábrica que, em 1912, dispunha de 248 fusos e 25 teares mecânicos, e utilizava um motor a gás pobre de 100 CV e uma roda hidráulica de 25 CV, servindo esta só para accionar a tecelagem. Durante a estiagem a energia fornecida pela roda era substituída por um motor eléctrico de 30 CV"*.
Fonte: * Prof. José Lopes Cordeiro - Univ. Minho.
Pesquisa documental, sobre a região do Vale do Ave( Famalicão), realizada por Eduardo Manuel Santos Carneiro.

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Antas - Vila Nova de Famalicão

Arte Românica - Vila Nova de Famalicão


http://emsc.wordpress.com


A Igreja de Santiago de Antas começou por ser a igreja de um mosteiro. Sabe-se que pertenceu ao antigo Mosteiro da Ordem do Templo e há documentos comprovativos de que em 1549 era propriedade dos Cónegos Regrantes de Santo Agostinho. Entretanto o mosteiro desapareceu, tendo apenas resistido a igreja que é, presentemente, igreja paroquial.
Esta igreja foi classificada como imóvel de interesse público no ano de 1958.
Na opinião de vários especialistas em história da Arte, a Igreja de Santiago de Antas é um monumento construído “entre o segundo e o terceiro quartel do século XIII com tipologia arquitectónica românica de transição para o gótico (Assis, 2005). Relativamente à data de edificação desta igreja, Carlos Alberto Ferreira de Almeida refere: “Temos (…) nesta igreja três oficinas diferentes, a primeira das quais poderá datar-se dos derradeiros anos do século XII e a última da segunda parte de Duzentos” (Almeida, 1986,p75).
A igreja de Santiago de Antas sofreu ainda modificações “Mais tarde, no Século das luzes, além das influências da Contra-Reforma, com vestígios maneiristas e barrocos, foram abertas frestas para dar luminosidade à Igreja, por forma a serem contempladas as diversas obras de arte colocadas no interior do templo.
Já no século XIX, entre outras intervenções, destaque para a construção de uma torre sineira, de estilo ogival ou gótica e para as talhas neoclássicas” (Assis et Pereira, 2005).

Pesquisa de:
Ana Paula Quinta Castro Faria Carneiro / Eduardo Santos Carneiro


https://www.facebook.com/eduardo.santoscarneiro

Eduardo Santos Carneiro
by http://twitter.com/eduardocarneiro

quarta-feira, 25 de junho de 2008

Alberto Sampaio - Historiador




"Alberto da Cunha Sampaio,
nasceu em Guimarães a 15 de Novembro de 1841. Passa a sua infância dividida entre Guimarães, de onde sua mãe era natural, e a Quinta da Boamense na freguesia de S. Cristóvão de Cabeçudos do concelho de Vila Nova de Famalicão, propriedade do seu pai de quem ficou orfão apenas com três meses de idade... (48)."Fez os primeiros estudos no colégio de Landim, freguesia do concelho de Famalicão, terminados os primeiros estudos segue para Braga onde se prepara para entrar na única universidade de então - a de Coimbra. Aí matriculou-se na faculdade de Direito em 1858, concluindo Alberto Sampaio a sua formatura em 1863.
A passagem por Coimbra e a convivência que aí manteve com homens de talento excepcional como Antero de Quental, João de Deus, Teófilo Braga, Eça de Queiroz, Guerra Junqueiro e tantos outros, influenciaram profundamente a sua formação intelectual" (49).
Podemos concluir do que aqui foi referido, e tendo por base outros documentos que o Dr. Alberto Sampaio era sem dúvida uma pessoa de grande talento. Era "excepcionalmente inteligente, culto e sabedor. Alberto Sampaio dedica-se apaixonadamente ás investigações históricas e aos estudos agrícolas revelando-se o historiador exacto, rigoroso e profundo.
Os estudos históricos-económicos atraem-no e a eles se dedica com entusiasmo (50).
Do imenso labor de Alberto Sampaio nascem «As Vilas do Norte de Portugal» e mais tarde «As Póvoas Marítimas»..., trabalhos que o colocam ao nível dos nossos maiores historiadores de então: Alexandre Herculano e Gama Barros" (51).
"A obra de Alberto Sampaio está também dispersa em revistas científicas, onde se vê que ele denota uma invulgar penetração critica e poder de análise" (52).
Foi sem dúvida um grande historiador, o Dr. Alberto Sampaio viajou pelo estrangeiro e conhecia-lhe as opiniões eruditas. Permaneceu algum tempo em Lisboa frequentando meios literários, sobretudo o da Gazeta de Portugal, mas nenhuma das suas cartas é datada da capital; é de Guimarães, de Famalicão em cujo concelho se situava a casa paterna de Boamense (53), Casa situada num local calmo, o lugar exacto para se poder reflectir e repousar.
O Dr. Alberto Sampaio faleceu com a idade de 67 anos, no dia 1 de Dezembro de 1908, na sua casa de Boamense, e acerca da sua morte vou citar um extracto do jornal semanário «Estrella do Minho» de Famalicão no qual está escrito:
"-Faleceu em Boamense, Cabeçudos, o Dr. Alberto Sampaio que era um escriptor erudito que deixa um nome notável como historiador e ethenographo. A sua obra dispersa em revistas scientificas, denota uma invulgar penetração critica e poder de analyse que o collocam a par com os mais proeminentes publicistas...
... Era um grande espírito, prespicaz e inconfundível. Pois apesar d'isso era quasi um desconhecido entre nós"
(54). Realmente Alberto Sampaio era um desconhecido na sua época em Famalicão, pois em Famalicão ele refugiava-se na sua quinta, mas o meio intelectual português conhecia-o bem, era um homem de valor nacional.*
_________
(48) FARIA, Emília Sampaio Novoa, Notas Biográficas Sobre Alberto Sampaio-s/l, Câmara Mun. de V. N. de Famalicão-s/d, p17
(49) Idem, Ibidem
(50), (51) FARIA, Emília Sampaio Novoa, Notas Biograficas Sobre Alberto Sampaio-s/l, Câmara Mun. de V. N. de Famalicão-s/d,
(52), (53) In Estrella do Minho - Famalicão, 6/Dez/1908, "Dr. Alberto Sampaio", p.1.
*Pesquisa de: CARNEIRO, Eduardo Manuel Santos (1997) – "Actividades Sócio-Culturais, Comerciais e Personalidades de V. N. Famalicão no início do século XX", Boletim Cultural nº 14, C.M.Famalicão,V. N. Famalicão.

segunda-feira, 16 de junho de 2008

S. Pedro de Esmeriz - Famalicão - Portugal

Quinta de Pereira _ Esmeriz

A Honra de Pereira, Esmeriz -V.N.Famalicão
Rui Gonçalves Pereira, nascido por volta do ano de 1205, teria sido provavelmente o primeiro Senhor da Honra de Pereira em Esmeriz. Documentos de 1285, já referem Pedro Rodrigues Pereira, como sendo Senhor da Honra de Pereira - S.Pedro de Esmeriz… A Quinta de Pereira em Esmeriz, pertenceu também a D. Pedro Afonso(...), que casou com Dª Beatriz Pereira, no ano de 1401, ela, Dª Beatriz era filha de D. Nuno Álvares Pereira e, como dote pelo seu casamento com o infante, receberia as terras de Barroso e Barcelos, a que se juntavam outros coutos e honras de Entre-Douro-e-Minho e de Trás-os-Montes, bens que se vinham acrescentar às doações de D. João I a seu filho, sobretudo os julgados de Viana, Faria e Vermoim, julgado este ao qual ESMERIZ pertencia…*
*CARNEIRO, Eduardo Manuel Santos (1997) -"Actividades Sócio-Culturais, Comerciais e Personalidades de V. N. Famalicão no início do século XX", CM V.N.Famalicão, V. N. Famalicão.

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sexta-feira, 30 de maio de 2008

Famalicenses Ilustres - José de Azevedo e Meneses


JOSÉ DE AZEVEDO E MENESES
Vila Nova de Famalicão
José de Azevedo e Menezes Cardoso Barreto, nasceu a 22 de Outubro de 1849 e faleceu a 12 de Setembro de 1938.
Sempre referido e mencionado apenas como José de Azevedo e Menezes, sabe-se que "foi juiz de direito substituto em Vila Nova de Famalicão. Foi provedor do Hospital S. João de Deus de Vila Nova de Famalicão, de 8 de Julho de 1880 a 10 de Julho de 1882"(66).
Foi um dos fundadores do jornal «A Palavra» e o cargo mais importante que desempenhou foi o de Presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão nos anos compreendidos entre 1896 a 1898.
Sobre José de Azevedo e Menezes, senhor da casa do Vinhal, o semanário «Estrella do Minho» fazia várias referências, era um dos homens mais importantes de Famalicão, assim como dos mais ricos.
"Em 1900 José de Azevedo e Menezes era um dos três maiores proprietários da Vila" (67), era natural de Famalicão e morava na Casa do Vinhal como já foi atrás mencionado, devo portanto falar do seu belo solar e como ele foi descrito por Pinho Leal em 1890.
"A casa e quinta do Vinhal demoravam em terreno mimoso e fértil e em sítio muito vistoso e pitoresco, cerca de um kilometro a oeste de Vila Nova de Famalicão e no termo da paro chia desta Villa. Foram modernamente restaurados e muito alindados pelo seu actual possuidor e representante, o Sr. José de Azevedo e Menezes Cardoso Barreto... o palacete domina um extenso lanço da via férrea, que passa em plano um pouco inferior a 50 metros de distância, metendo-se de permeio os jardins, tem amplas vistas sobre a villa e seus formosos arrabaldes, o que tudo torna hoje esta vivenda uma das primeiras do Minho.
Tem o palacete uma linda capela brasonada" (68). O que aqui foi descrito por Pinho Leal, é o que hoje cem anos depois se pode ver, um magnifico solar com um belo jardim na frente e de onde se pode ver toda a cidade de Famalicão.
Quanto a notícias de José de Azevedo e Menezes no jornal local, são notícias referentes à ida para férias, vinda de férias e festas na casa do Vinhal.
Geralmente o Sr. José de Azevedo e Menezes ia passar as suas férias para a praia de Vila do Conde.
Assim como outras personalidades de Famalicão, José de Azevedo e Menezes era muito elogiado no jornal da sua terra, e um bom exemplo disso é a nota que a seguir vou citar:
"Foi agraciado pela Santa Sé com a comenda de S. Gregório Magno o Exmo. Sr. José de Azevedo e Menezes Cardoso Barreto, da Casa do Vinhal, desta Villa. A alta distinção pontifícia não podia realmente ser concedida a quem melhor tenha jus ao prémio justíssimo aos seus merecimentos.
Carácter íntegro de virtudes e civismo, intelligencia robusta, illustradissima, honra e orgulha o Sr. José de Azevedo e Menezes a terra onde nasceu" (69). É sem dúvida mais uma das grandes figuras ilustres que habitaram a região Famalicense. (*)
_________
(66) CARVALHO, Vasco de - Aspectos de Vila Nova, V. N. de Famalicão, Tip. Central, 1956, p.56.
(67) SILVA, José Casimiro da, Vila Nova de Famalicão e seu Termo, Famalicão, 1968.
(68) LEAL, Pinho-Portugal Antigo e Moderno, Dicionário...,Liv.Ed.Tavares Cardoso e Irmão, Lsboa-1890, vol12, p.1512.
(69) in Estrella do Minho - Famalicão, 8/Mai/1904, "José de Menezes", p.2.

(*)CARNEIRO, Eduardo Manuel Santos (1997) -"Actividades Sócio-Culturais, Comerciais e Personalidades de V. N. Famalicão no início do século XX", Boletim Cultural nº 14, V. N. Famalicão, 1997.


by HistóriGeo Portugal



quarta-feira, 21 de maio de 2008

Foral de Vila Nova de Famalicão


A Feira de Famalicão











Devo referir, que a feira semanal é o local de comércio por excelência desde o início da fundação da povoação, em 1205, pois a feira em Famalicão formou-se com a povoação porque desde que D. Sancho I outorgou a carta de foral a Famalicão, um dos privilégios que concedeu aos povoadores foi a autorização para se fazer feira.
Na carta de foral, dizia D. Sancho:
"...Mando que façaes ahi feira aos domingos, de 15 em 15 dias... E todos os que vierem à dita feira não poderão ser presos n'aquelle dia por qualquer crime que n'elle commetam."(3).
Deste grande privilégio ou franquia lhe proveio o nome de feira franca, e isto desde 1205, a feira de Vila Nova de Famalicão foi, assim, uma das primeiras a ser criadas no país.
No início do século, o jornal «Estrella do Minho» dava muita importância às feiras e mercados semanais. Todas as semanas saíam notas acerca da feira semanal, mencionando variadíssimos aspectos, como por exemplo o que cito de seguida:
"Esteve farta de transações a nossa feira semanal(4), "...Esteve muitíssima gente na feira"(5),etc.
A feira era um local de comércio e de convívio, pois a maioria das pessoas vinha de todas as freguesias do concelho, para a vila de Famalicão, a fim de vender e comprar produtos de todo o tipo e também para se distrair um pouco, conviver. A feira era, assim, o melhor centro comercial da época.
"Nesta feira (Famalicão) pode-se encontrar de tudo um pouco, lenços de seda, chapéus, gravatas"(6).
Para além de sedas e tecidos aparecem já referências à venda de flores, frutas, legumes, cereais e artigos de ourivesaria.
Notícias do ano de 1900 acerca da feira são muitas, como o que passo a citar.
"O mercado, abundantemente abastecido esta semana.
Com razão elle é apreciado como dos primeiros, senão o mais importante do paiz"(7).
(3) Portugal Dic. Histórico..., Lisboa, João Romano Torres Editor, 1906, vol.II, p.525.
(4) in Estrella do Minho - Famalicão, 25/Fev/1900,"Feira Semanal".
(5) Idem, ...16/Set/1900, "Transações Comerciais".
(6) Idem,... 15/Abr/1900, "Feira Semanal", p.2.
(7) Idem,... 09/Set/1900, "Transações Comerciais".
*CARNEIRO, Eduardo Manuel Santos (1997) -"Actividades Sócio-Culturais, Comerciais e Personalidades de V. N. Famalicão no início do século XX", Boletim Cultural nº 14, V. N. Famalicão, 1997.